quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Moda Morte



        A moda agora são os comedores de gente. Não, não estou falando de atores da Globo.
 
        Como se não bastassem os perigos da vida real, como bandidos, lunáticos e políticos, a imaginação humana vem nos presentear com mais uma nova e criativa possibilidade de catástrofe para nos preocuparmos.
 
        Depois dos dinossauros e monstros gigantes, e dos extras terrestres invasores, chegou a vez da humanidade fantasiar com a morte nas mãos dos temidos zumbis. Famintos, mortos, e fétidos, esses monstros do terror estão mais na moda do que os monstrinhos de bolso dos anos 90.
 
        O sucesso se deve principalmente a The Walking Dead, série televisiva que acompanha a luta pela sobrevivência de um grupo que diminui e aumenta de tamanho conforme sobreviventes novos são encontrados e membros antigos degustados.

        Repleto de admiradores, existem pessoas fanáticas pelo gênero que inclusive participam de encontros onde todos vão devidamente caracterizados (exceto por estarem vivos).

         Mas apesar dessa descontração por parte de alguns, muitas pessoas acabam ficando com receio de uma real epidemia. À elas fica o aviso: vocês não precisam temer, apesar das explicações convincentes dos roteiristas, nenhum ser humano vai virar zumbi. Isto não existe, é apenas ficção, como fadas, duendes e ornitorrincos.

sábado, 3 de novembro de 2012

A Bolsta de valores


        Caiu a bolsa de valores! Sabe o quanto isso é importante pra mim? Tanto quanto o fim do namoro entre a Selena Gomez e o Justin Bieber, o ex-casal lésbico mais conhecido do show business. Eu estou preocupado mesmo é com a queda dos peitos da minha digníssima esposa. Até porque a Bovespa teve baixa de 8% e meu salário continua o mesmo, zero.

        Só pode se preocupar de verdade se você for o Eike Batista. E mesmo assim, uma voltinha no seu jato particular com algumas misses regado a muito Don Perignon deve dar uma aliviada no stress. Se você tem ações da Vale também vale a preocupação (já essa piadinha não vale nem o esboço de um sorriso).

        Eu nunca achei que fosse confiável investir seu dinheiro em algo que você não possa pegar. Se é pra aplicar seu dinheiro em papéis que sejam de cocaína ou crack. É ilegal mas você quem faz o preço.

        E todo esse problema devido o medo de calote dos EUA. Como se um bazar de material bélico não fosse suficiente pra arrecadar fundos suficientes pra quitar até a dívida com Deus. Inclusive eu  recomendaria a Presidenta Dilma pegar nossa parte em Bomba Nuclear, e aí bye bye Argentina.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

O Bulling

          Quem foi que decidiu que a tradicional zoação com o colega teria nome e seria proibida? Pra mim esse negócio de Bulling é invenção de gente gorda. Eu cresci no meio e nem por isso fui afetado psicologicamente, e olha que não faltou empenho dos amigos. Pinóquio, nariz de cutucar estrela, tucano, Butt Head, são apenas alguns dos termos usados para se referir ao meu expressivo narigão.

          O bulling é uma ferramenta importante no desenvolvimento do ser humano, estimula a criatividade dos que a praticam e a paciência dos que sofrem. Ele não deve ser combatido, mas sim retribuído na mesma moeda, promovendo a interação social. Uma criança que nunca foi zoada na vida cresce sem proteção, quando ela for adulta terá que enfrentar as piadinhas maldosas no escritório sem saber como reagir, por isso a base é essencial.

          Até porque reclamar de bulling é atestar sua incompetência como ser humano; afinal de contas, se você não tem a capacidade intelectual para responder à altura, sempre sobra a opção do uso de força física. Exatamente, bulling faz bem, mas você tem que estar disposto a enfrentar as consequências, como ter que fugir desesperado da mira do amiguinho que acaba de invadir a escola com duas pistolas disposto a matar todo mundo.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Você não é o alvo

          Se você avista um cachorro pegando fogo, você é do tipo que corre ajudar o pobre animalzinho ou do que vai atrás de sal pra temperar o churrasco? Ao se deparar com um suicida ameaçando se jogar do prédio, você se junta aos presentes pra ajudar? Ou puxa o coro: "Pula! Pula!"?

          O humor negro não foi feito pra todo mundo, a maioria talvez não goste de piadas sobre morte, deficientes, tsunamis, racismo. Eu cansei de ver pessoas extravasarem das formas mais distintas esse descontentamento, alguns inclusive com raiva, realmente se sentindo ofendido. Pois é pra essas pessoas, que recriminam o politicamente incorreto, que eu tenho uma simples mensagem: “Essas piadas não são para você”, fácil assim.

          A piada tem como propósito fazer rir, não ofender. Se você não gostou de determinada piada, ignore-a, ela não foi direcionada a você. Muita gente gosta desse tipo de humor, eu sou um deles, mas as pessoas se acham no direito de limitar o que podemos ou não curtir. Não vejo como não rotular isso como censura.


"O limite da piada é a criatividade, qualquer barreira além desta vai contra a cultura."


          Num episódio recente, o Japão foi devastado por um tsunami, e, ao mesmo tempo em que piadas inundavam redes sociais como o twitter, incontáveis outras recriminavam tais atitudes. Inclusive humoristas diziam coisas como “Não é o momento”. O fato é que muitas piadas só poderiam ser feitas ali, na hora. Me lembro de ter me perguntado: “Não é o momento? Quantos metros a água tem que baixar pra eu começar?” Qualquer limite é prejudicial.

          Assim como você tolera alguns estilos musicais que você não aprecia, você pode simplesmente ignorar quando uma piada não te agrada. É puro preconceito classificar alguém que faz humor politicamente incorreto como “sem coração”, ou sem escrúpulos. A morte, deficiência, ou qualquer coisa do tipo, dói tanto em você quanto em quem tem a capacidade de levar o fato com um pouco de humor.

          Enquanto tiver público, haverá quem crie esse material. E enquanto ele estiver aí, você tem duas formas de agir quando se deparar com isso e não gostar: ignorar; ou ficar se remoendo e sofrendo com isso. Como pessoa sensata, e predisposta a ajudar, recomendo que siga a primeira opção. Como comediante eu quero mais é que você se fôda.

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Carne

           Comer um boizinho nunca foi problema pra maioria das pessoas de bom gosto. Suínos e aves também fazem parte freqüentemente dos nossos pratos. Mas, porque as pessoas se chocam tanto ao verem alguém saboreando um gato ou um cachorro? Quem decide qual animal é gostoso ou não é o seu paladar. Na china o consumo de caninos é apreciadíssimo, já em várias ilhas da Indonésia são os insetos que freqüentam as saladas.

          Um bom gourmet não se limita aos pratos tradicionais, convém descobrir sabores, experimentar novas sensações. Você não pode deixar de provar um animal porque ele é "fofinho". Na verdade isso aumenta a probabilidade dele ser uma delícia.

          Eu não sou nem contra o canibalismo, eu não teria problemas nenhum em provar carne humana. Sério, eu fiquei sabendo que os condenados saem da cadeira elétrica no ponto.

          Uma de minhas idéias era incentivar a criação em massa de porquinhos da índia pra alimentar a população mais carente. Os bichinhos tem bastante carne e se reproduzem como, bem, porquinhos da índia. Além de parecerem deliciosos.

          Só sei que a natureza nos privilegia com milhares de opções diferentes de animais para nos alimentar, se restringir à apenas 3 ou 4 itens do menu é um pecado gastronômico. É como ir ao parque de diversões e só brincar no carrossel. Ir à zona e só beber cerveja.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Olá Londrina!




      Vamos dar um mergulho no Igapó? Por que não? Não te agrada o cheirinho de bosta?

      Pois saiba que antigamente essa bela privada a céu aberto, encravado no meio da nossa cidade, era meu clube de final de semana. Sim, meu pai me levava lá, e, enquanto ele lavava o carro na barragem, numa das bicas que por onde hoje é despejado o pútrido líquido marrom que preenche o lago, eu me banhava empolgado na beirinha, onde dava pé. Isso mesmo, o Igapó durante muito tempo foi utilizado como um lava-rápido self service. Bastava você montar seu kit com sabão, balde, e buchinha, recrutar os filhos para ajudar na tarefa, e ir aguardar na fila pela sua vez de tirar o “lave-me” da janela traseira do seu carro. Vale uma menção a dificuldade para se manter em pé no chão de pedras cheias de lodo, que já era sinal da merda que estaria por vir.

      As águas não eram exatamente translúcidas, como uma Perrier num copo de cristal, mas pelo menos os coliformes fecais não eram visíveis a olho nu. Claro, antigamente não era essa frescura que é hoje, onde lixo tem que ficar separado de lixo, mas mesmo assim. Se você lavar seu carro hoje em dia com as águas do Igapó é capaz da sujeira ser impermeabilizada.

      E você já notou o grande número de garças e outras aves que habitam o lago? Pelo jeito coco é mais nutritivo do que pensei. Alguém já pensou em lançar uma ração para aves sabor bosta?

      E aí a gente pergunta: "A culpa disso tudo é de quem?" Da natureza é claro. Quem manda não absorver todo o lixo que a gente despeja nela?

      Mas não podemos negar, trata-se de um belo cartão postal da nossa cidade (ao menos enquanto eles não transmitem também o cheiro). A área verde no entorno, as aves de espécies variadas, a pista de caminhada, as casas de milionários na beira do lago público...

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Péssima jogada

      Assassinatos em massa! Você já viu isso em algum game certo?

      Seja uma matança desenfreada de velhinhas pelas ruas de GTA ou numa missão do governo para matar inimigos em Call of Duty, todo mundo já estourou os miolos de alguns seres digitalizados na sua plataforma gamística preferida. Agora eu pergunto, quantos de vocês acham que é aceitável fazer isso com seres humanos? Pessoas de carne e osso que tem famílias, amigos, enfim, vidas. Tirando alguns engraçadinhos e 0,1% de possíveis lunáticos assassinos, todos afirmarão que não.

        O fato é que, para eliminar alguns bits, você não precisa mais do que a disposição de apertar algumas vezes o botão esquerdo do mouse (e alguma habilidade), mas tirar vidas humanas envolve coisas muito mais delicadas, emoções, sentimentos. Qualquer pessoa normal é impedida por fatores como preceitos religiosos, inteligência, bom senso, ou ainda receio de ir pra cadeia, local cheio de criminosos e sem videogames.

        Alguém que descarta completamente toda a concepção ao qual foi ensinado sobre respeito à vida alheia porque um jogo de videogame disse o contrário não é uma pessoa apta a conviver em sociedade. Ela devia estar guardadinha em um quarto tomando algum comprimido que a transforme em um vegetal ambulante, e, se alguns casos só são identificados após o desencadeamento da ação nociva, não deve existir uma forma de evitar.

        O que eu sei é que você não proíbe o nascimento de mais crianças para evitar o surgimento de outros Hittlers, Bin Ladens ou Shao Kahns. Não é justo impedir quase meio bilhão de pessoas de fazer algo saudável por conta de meia dúzia de lunáticos que podem muito bem serem influenciados também por outros fatores, como filmes ou livros.

        Não existe uma forma de nos blindarmos totalmente contra esses tipos de eventos, sempre estaremos à mercê de fatalidades como essa, seja disponibilizando jogos “violentos” ou não.

        A única coisa que ajuda é nos pacificarmos cada vez mais e eliminarmos gradualmente as chances de alguém conseguir meios para efetivar tais ações trágicas. E se me permite o conselho, nada como uma disputa de frags em seu FPS preferido ou uma sessão de boliche humano nas ruas de Liberty City para fazer amigos.